Não que o produto seja carente de qualidade. Pelo contrário. Ele já é bom e competitivo e, por isso, existe a preocupação em torná-lo ainda melhor para cada vez mais conquistar espaço no exigente mercado.
O projeto é colocado em prática pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) que, em parceria com prefeituras, indústrias e cooperativas, vai promover visitas às propriedades, cursos e reuniões com os produtores, com a devida assistência técnica.
Na Serra, são produzidos 100 mil litros de leite por dia, provenientes de sete mil vacas e adquiridos por sete indústrias.
Dos cerca de 1,5 mil produtores, 80% enquadram-se na agricultura familiar. Em todo o Estado de Santa Catarina, eles chegam a 90 mil, com 800 mil animais e 4,5 milhões de litros por dia – a quinta maior produção do Brasil.
O coordenador do projeto da Epagri, Jorge Roberto Garcia, ressalta que todos estes números poderiam ser bem maiores se os produtores já contassem com incentivos e assistência.
Agora, este trabalho será feito por uma equipe formada por veterinários, agrônomos, zootecnistas e técnicos em agropecuária.
Incentivo irá permitir dobrar a produção
? Estas ações já existem no Estado. A idéia, agora, é sistematizá-las, organizá-las e efetivá-las. Será um trabalho bem corpo-a-corpo, no qual esta equipe vai se concentrar. O leite está se tornando viável na região, e é possível dobrar a sua produção e melhorar bastante a qualidade.
A partir do melhoramento genético, de pastagem e manejo de ordenha, sanidade (controle e prevenção a doenças) e reprodução, a previsão é de que o projeto comece a apresentar os primeiros resultados em dois ou três anos.
Assim, o leite da Serra, que se caracteriza positivamente pela produção a pasto – mais natural e menos prejudicial ao meio ambiente – e pelo clima mais ameno – facilita a sua conservação – terá um outro diferencial, que será a profissionalização dos seus produtores.