Para receber a compensação, o dono do animal precisa fazer o pedido ao Ministério da Agricultura. Em caso de emergência, o pagamento é feito de forma mais ágil. Este projeto em análise na Câmara unifica e organiza o procedimento em todo o país. As verbas viriam do governo federal.
? Muitas vezes, eles só são indenizados quando entram na justiça e, às vezes, o processo demora 10 anos para tramitar ? explicou o deputado federal Ricardo Izar.
A veterinária Gabriela Moura Guenka cria animais para competição de laço. No ano passado, um de seus oito cavalos contraiu anemia contagiosa e precisou ser sacrificado. Além da perda do animal, o prejuízo da criadora chegou a R$ 25 mil, devido à interdição do haras por 60 dias por causa da contaminação.
Com mais de dez anos de profissão, a veterinária desconhece casos em que a indenização tenha sido paga, o que, segundo ela, estimula a omissão dos criadores.
? Se houvesse mais informação, e, também, a indenização, as pessoas não esconderiam, seria uma coisa mais fácil resolver ? declarou Gabriela.
O Ministério reconhece que as regras atuais precisam melhorar e diz que está trabalhando para tornar a prática mais clara.
? Com isso, a gente passa a ter um produtor rural mais envolvido, mais participativo no processo de notificação de suspeita de doenças ? afirmou o diretor do departamento de saúde animal do Ministério da Agricultura, Guilherme Marques.