O projeto é financiado pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), do Ministério da Educação. Ele capacita merendeiras, pescadores artesanais e alunos para que estimulem o uso do pescado na merenda.
Segundo a professora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Sônia de Andrade, que acompanha o desenvolvimento do projeto, a situação atual da saúde infantil é perigosa. Muitas das escolas visitadas têm crianças com doenças crônicas como diabetes, e colesterol alto. Ela afirma ainda que o grande obstáculo para o desenvolvimento da pesca é a falta de apoio do governo.
? O que mais me impressionou nesse projeto foi a invisibilidade dos pescadores. Eles são esquecidos pelas políticas públicas ? disse Sônia.
Além da ausência do governo, a professora questionou a falta de estrutura dos municípios para a realização de projetos de capacitação.
? Em muitos municípios não encontramos salas com estruturas adequadas para a capacitação da comunidade. Os prefeitos devem não só valorizar o pescador, mas também oferecer condições para a sua capacitação ? acrescentou.
O ministro da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, que assistiu à apresentação do projeto, disse que ele é prioritário para o governo federal.
?Estamos abrindo um mercado consumidor por meio das escolas, que servem 37 milhões de refeições por dia. Além disso, está sendo criado novo hábito de consumo de pescado em uma nova geração. Esse projeto em Pernambuco foi um piloto que nós vamos ampliar para todo o Brasil ? disse.