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Projeto no Sul do país incentiva consumo de peixe na merenda escolar

Prato à base de pescado chega pelo menos uma vez por mês em 29 escolasUm levantamento do Ministério da Pesca constatou que apenas 10% dos municípios brasileiros incluem peixe na alimentação escolar. O resultado da pesquisa, feita em 2009, pode estar começando a mudar. Na cidade de Parobé, no sul do país, um projeto da prefeitura e da Emater tenta levar até os alunos uma merenda mais saudável.

A mudança começou na sala de aula. A professora trouxe o assunto como mais uma lição do dia. Os alunos sabem tudo sobre a importância do alimento. Até os cuidados na hora de escolher o peixe estão na ponta da língua, e o alimento passou a fazer parte do cardápio das escolas do município ainda no ano passado.

? A gente fez um teste de aceitabilidade anteriormente e a gente está muito feliz porque o resultado tem sido muito bom. As crianças estão gostando do peixe e estão começando a descobrir os benefícios e o que pode trazer de bom ? explica a nutricionista Aline Weber.

O prato à base de peixe chega pelo menos uma vez por mês em 29 escolas.

? A merenda escolar do município e a inclusão do peixe no nosso cardápio á é um fato. Então, eu posso afirmar com certeza que no próximo ano a gente possa talvez ampliar a oferta ? diz a secretária de Educação de Parobé, Maris Assis.

A prefeitura já garantiu a compra de pouco mais de duas toneladas de peixe para o ano letivo. Toda a produção vem desta propriedade, onde a pesca também é processada em uma agroindústria.

Cláudio Dickel trabalha com piscicultura há 15 anos. A criação rende em média 3,5 toneladas de peixe vivo por mês. O produtor investiu na compra de equipamentos para a agroindústria e mantém cinco funcionários fixos que trabalham no processamento do produto.

? A tilápia que estamos introduzindo na merenda escolar não tem a forquilha na carne como a traíra e outros peixes. Mesmo assim, está se fazendo a polpa por uma dupla segurança. Nós fizemos também a opção pela polpa pré-cozida para uma segunda garantia de qualidade, evitar qualquer contaminação. Além de nós fazermos dentro de todo processo que é necessário para higiene, ainda se faz um pré-cozimento, porque há um estancamento do desenvolvimento bacteriano. Com isso, nós temos uma melhor qualidade ? avalia o psicultor.

A iniciativa despertou o interesse de quatro produtores rurais que devem iniciar a criação de peixes nos próximos meses.

? É um dinheiro extra que vai entrar para os produtores, porque o peixe não tem uma safra, o peixe produz o ano inteiro, não depende muito do clima para ser produzido. Então, automaticamente, há todos os dias a produção de peixe ? diz o secretário de Agricultura do município, Roberto Santana Jr.

? Nós estamos incentivando novos piscicultores a entregar o peixe para a merenda escolar, além de produzir mais, para que no próximo ano se consiga levar mais psicultores para este programa da alimentação escolar ? defende a engenheira agrícola da Emater-RS, Mila Noronha.

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