• Pesquisa revela origem e evolução das abelhas produtoras de mel
A biotecnologia tem sido a grande aliada dos produtores de alimentos no Brasil e no mundo. A ciência trabalha em duas frentes: no combate às pragas, que elevam os custos de produção, e na identificação de insetos que se tornam os principais aliados no aumento da eficiência e da produtividade na lavoura.
Um laboratório da Promip – Manejo Integrado de Pragas (MIP), no interior de São Paulo, é pioneiro na produção de ácaros e insetos predadores no país, usados no MIP. Na carteira de clientes, há produtores de morango, tomate, pimentão, café e hortaliças. Agora, a empresa busca aumentar a produtividade dos pomares brasileiros com abelhas sem ferrão. No laboratório, são produzidas as abelhas-rainha, que serão responsáveis pela colmeia. Produzidas in vitro, elas nascem e passam pelas diversas fases de desenvolvimento.
No entanto, uma das principais limitações para utilizar as abelhas para essa finalidade é a dificuldade em produzir colônias em quantidade suficiente para atender a demanda dos agricultores. As colônias dessas espécies, conhecidas como mandaguari, são compostas, em média, por 10 mil operárias e regidas por uma única rainha-mãe. A biotecnologia quer aumentar esse número.
Os produtores brasileiros investem aproximadamente US$ 10 bilhões por ano no controle químico da produção de alimentos. A participação do controle biológico no país não passa de 1% desse total. A polinização assistida por abelhas ainda está no começo.
Os pesquisadores estão discutindo, por enquanto, o protocolo de utilização das abelhas, em forma de serviço, com colmeias alugadas ou na comercialização das mesmas. A pesquisa envolve ainda a tolerância das abelhas sem ferrão à aplicação de determinados defensivos agrícolas.