Na propriedade, localizada no município de Guararapes, a busca pela melhoria dos processos produtivos é aliada à qualidade de vida das pessoas que lá trabalham e também dos animais. A exigência nutricional da seleção de fêmeas nelore é suprida com pasto, para que atravessem os períodos de seca em bom estado e entrem na estação de monta prontas para parir, sem dificuldades. A preservação dos recursos naturais também é outro diferencial.
— A fazenda é pioneira nisso (preservação ambiental). Em 1958 a fazenda Terra Boa foi campeã conservacionista e naquela época pouca gente pensava nisso — comenta o pecuarista José Luiz Niemeyer dos Santos.
A Terra Boa foi a primeira fazenda de pecuária do Brasil a receber o ISO 14001, certificação ambiental de abrangência mundial. Em 1993 a propriedade recebeu da Associação Nacional de Criadores e Pesquisadores o certificado global G3 pela proposta de produzir animais com alto padrão genético e pela política ambiental praticada na fazenda.
— Meu pai comprou essas terras e começou a implantar essa fazenda em 1948. Meu pai não era um fazendeiro, era um advogado, mas era uma visão, um espírito público muito grande. Meu pai era uma pessoa diferente, um homem muito generoso — diz Santos.
O pecuarista lamenta que o Código Florestal ainda não tenha sido aprovado, mas considera que é preciso ponderar em alguns pontos.
— Eu acho ele muito avançado. É até ilusão pensar que ele podia ser mais avançado do que isso. A gente precisa ter cuidado porque o ótimo é inimigo do bom — opina.
Na fazenda Terra Boa são 360 hectares de área reflorestada. Todos os anos cerca de 30 mil mudas de árvores são plantadas na propriedade para recomposição das reservas.
Confira a reportagem exibida no Jornal da Pecuária:
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