O criador Luís Cláudio Pereira é um exemplo: há 10 anos investe em qualidade genética. Sua cabanha reúne mais de três mil ovinos das raças corriedale e ideal.
– Eu acho que essa cadeia está tendo uma retomada. Dentro de poucos anos, vamos colher esses frutos, porque o avanço genético está vindo de forma consolidada. A rentabilidade do setor ovino está muito satisfatória – opina o produtor.
O animal com boa qualidade precisa passar por uma avaliação criteriosa. Segundo ele, alguns detalhes são bem perceptíveis e o criador tem como comprovar isso antes de adquirir o ovino para o rebanho. Nos julgamentos, são avaliados detalhes como a suavidade e a densidade do velo e características específicas de cada raça.
– Em todas as edições da Feovelha, o quadro de jurados é extremamente profissional, por isso saem animais de tão boa qualidade genética para outras regiões – explica a presidente do Sindicato Rural de Pinheiro Machado, Jaqueline Maciel.
Embora a maioria da genética seja importada de outros países, o Brasil vem ganhando destaque nesta área da ovinocultura. O presidente da Arco, Paulo Schwab, enfatiza que o material genético brasileiro é considerado um dos melhores do mundo.
– Dentro deste mercado, talvez tu consigas trazer um bom animal de US$ 10 mil a US$ 15 mil, um melhorador para as necessidades que tens no rebanho. Nosso dever de casa seria aumentar esse rebanho para usar material genético, já que temos excelência, para produzirmos para o Brasil e para o mundo – pontua Schwab.
Em questão de comercialização, a Feovelha é considerada o termômetro da ovinocultura brasileira e deve faturar mais de R$ 1,2 milhão nesta edição. Cerca de oito mil animais, de 17 raças, estão inscritos. Do total, são 10 raças para lã e sete para corte.