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Quatro abatedouros estão suspensos de exportar para União Europeia

De acordo com Associação Brasileira de Proteína Animal, com a crise desencadeada pela operação Carne Fraca, foram notificadas pelo Ministério da Agricultura duas plantas para abate de aves, uma de bovinos e outra de equídeos

Fonte: Cidasc-SC

O vice-presidente e diretor de Mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, relatou nesta segunda-feira, dia 20, após receber informação por mensagem de celular, que quatro plantas estão suspensas de exportar carnes para a União Europeia (UE), após a crise desencadeada pela operação Carne Fraca. Delas, duas são de aves, uma é de bovinos e outra é de equídeos (cavalos).

As informações estão desencontradas e geram questionamentos dos jornalistas que participaram da coletiva de imprensa promovida pela entidade e pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) na sede da ABPA, em São Paulo.

Equívoco

O vice-presidente e diretor Técnico da ABPA, Rui Vargas, comentou que “não há mais dúvida que houve equívoco ao se massificar a mensagem negativa” desencadeada pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal, sobre o setor de proteína animal. Em entrevista coletiva na sede da entidade, em São Paulo, Vargas salientou que o governo está tomando medidas “muito fortes” para preservar o segmento.

Vargas comentou também que a proteína brasileira é de qualidade. “Temos tranquilidade, sob o ponto de vista sanitário, que tem qualidade a carne oferecida ao consumidor e aos países que a compram. Todos os países que ofertam esse produto perecível estão sujeitos a riscos que podem ocorrer”, concluiu. 

Ricardo Santin afirmou que “não há notificação oficial de fechamentos de mercados” à carne brasileira, após a crise desencadeada pela Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. “Por enquanto há aumento de vigilância”, disse.

Como exemplo, ele citou a China. O país optou por suspender as inspeções de entradas da carne brasileira por uma semana, enquanto espera esclarecimentos. 
No caso da Coreia do Sul, as análises do produto comprado devem abranger agora uma amostra de 15% de toda a carne enviada pelo Brasil. Antes, o porcentual era de apenas 1%, explicou.

De acordo com Antônio Jorge Camardelli, a “pronta resposta do governo brasileiro é o primeiro passo para se alcançar resultados” após a crise desencadeada pela operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Segundo ele, a atuação do Ministério da Agricultura e até o jantar oferecido no domingo pelo presidente da República, Michel Temer, a embaixadores são atitudes positivas. 

“Estamos falando de uma cadeia produtiva de quase meio trilhão de reais”, destacou  Camardelli, na entrevista coletiva promovida na sede da ABPA.  

Ele lamentou que a crise tenha ocorrido em um momento de recuperação de preços e margens para a indústria. “Os preços médios estão subindo, o petróleo está em um patamar mais diferenciado e os países compradores de nossas carnes estão com moedas mais estabilizadas”, afirmou.

Segundo ele, o trabalho do setor agora é retomar os contatos com as nações compradoras. “Não temos mais certeza sobre missões em outros países”, frisou. 

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