As 60 vacas da raça Girolando produzem em torno de 1200 litros de leite por dia, o suficiente para Alexandre fazer 150 queijos. Vencedor do prêmio de melhor queijo minas artesanal do município em 2009, o produtor, auxiliado pela mulher, Berenice, investiu ainda mais na produção.
Honorato já tinha obtido um financiamento do Pronaf no ano passado para abrir a queijaria legalizada e utilizou os R$ 80 mil do empréstimo para ampliar e equipar o espaço. O produtor foi o primeiro em Minas Gerais a se beneficiar de uma lei federal que permite vender, legalmente, o queijo artesanal fora do Estado. E com o mercado aberto em todo o país, quase não há estoque e a demanda não pára de crescer.
Em Araxá, cerca de 30 produtores familiares se dedicam à produção do queijo artesanal. Sete deles são cadastrados no Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), mas a intenção é fazer com que todos possam agregar valor à atividade através da certificação estadual ou federal.
Já em Sacramento, 50 produtores investem na produção de queijo, mas somente quatro deles já possuem certificação estadual, que permite a comercialização direta com supermercados e empórios, evitando atravessadores, que ganhavam em torno de 30% a 40% do valor na hora da venda.
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