A tendência ascendente de preços pagos aos produtores começou em 2013; desde então, o mercado de suínos se mantém equilibrado, sem aumento de oferta nem em peso total, nem em número de cabeças. Também não há excesso de suínos no mercado spot e as indústrias frigoríficas em geral não estão estocadas.
Esse cenário positivo deve se manter até o fim do ano. A reabertura das exportações de aves e suínos para a Rússia, que volta a ser o maior comprador da carne brasileira, aqueceu o mercado nas últimas semanas.
O presidente da cooperativa, Mário Lanznaster, destaca que “o aumento vem em boa hora” para estimular os produtores rurais a manterem os níveis de produção e as margens de resultado:
– Temos que ter ciência que o mercado está ajustado; não podemos produzir em excesso – declarou Lanznaster. A boa situação atual é uma recuperação da crise de dois anos atrás no setor, desencadeada principalmente pela oferta grande demais diante de um súbito corte de demanda internacional, e pela alta dos preços dos insumos.
Outros motivos para o bom momento são o alojamento de matrizes conforme a demanda industrial planejada, o elevado preço da carne bovina no mercado brasileiro e o preço reduzido dos grãos abaixa ainda mais os custos de produção – dos quais a ração representa 65%.
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