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Raça angus: seleção feita no exterior pode não ter bom desempenho no Brasil, diz especialista

Fernando Velloso apontou os diferenciais da genética produzida no país no segundo dia do Congresso Brasileiro de AngusO primeiro dia do Congresso Brasileiro de Angus, na terça, dia 4, realizado em Porto Alegre (RS), mostrou exemplos bem sucedidos no desenvolvimento da genética da raça em países como Estados Unidos, Argentina e Uruguai, referências na área. Nesta quarta, dia 5, foi a vez de apontar o diferencial da nossa seleção. E apesar de parecer óbvio, a vantagem brasileira está justamente no fato de ser selecionada no país.

A tese foi defendida pelo técnico da Associação Brasileira de Angus (ABA), Fernando Furtado Velloso. Segundo o especialista, quando um criador adquire material selecionado no exterior, não há garantia de que ele vá funcionar no país.

– O melhor touro da Argentina, dos Estados Unidos, foi selecionado nas condições deles. Ao passo que o nosso melhor touro para característica A, B ou C foi selecionado no nosso ambiente. Talvez o melhor touro selecionado aqui não tenha um bom desempenho na Argentina ou nos Estados Unidos. A demonstração de que isso é verdade são os dados objetivos de avaliação genética. Nós pegamos dados técnicos para mostrar – defende.

A característica ambiental brasileira, que combina calor e umidade, é encontrada em poucos lugares do mundo, e gera necessidades únicas. Velloso cita o trabalho de seleção de touros resistentes ao carrapato, que não é registrado em outros países. 

– É uma dificuldade, mas também pode ser um diferencial da nossa seleção – avalia.

Tecnologias

O incremento no uso de novas tecnologias promoveu um ganho real em genética nos últimos 20 anos. De acordo com o especialista, o Brasil está em pé de igualdade na questão de acesso, mas ainda fica devendo na utilização dessas informações em relação a outros países. O uso da ultrassonografia para fazer avaliações de carcaça é apontado como um dos aliados do trabalho.

Nos últimos anos o país também registrou alta no uso de marcadores moleculares e da avaliação genômica, que é a coleta do DNA do animal para genotipagem, no desenvolvimento do angus, mas ainda está atrás dos concorrentes externos. 

– Marcadores moleculares são importantes para a questão da qualidade da carne, que, infelizmente, o nosso mercado ainda não é muito desenvolvido para isso. O DNA pode adiantar essas características, onde entram a maciez, marmoreio, área de olho de lombo, por exemplo – explica.

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