Com dois leilões extras em relação à Expointer 2007, a expectativa é de que a raça crioula fature R$ 7 milhões, superando sozinha a venda de todos os rústicos do ano passado, de R$ 6,68 milhões. O leiloeiro Fábio Crespo explica que a elevação das vendas se deve quase que exclusivamente ao volume de animais ofertados, próximo de 250.
O sucesso do crioulo nas pistas de Esteio impressiona. A média de preço nos primeiros remates se aproxima de R$ 30 mil, contra uma média nacional pouco acima dos R$ 17 mil. A busca de garanhões por novos criadores, em sua maioria profissionais liberais, está acima do que se imaginava. Marcelo Silva, da Trajano Silva Remates, também ficou surpreendido com as 59 coberturas vendidas por R$ 447 mil no leilão Santa Angélica, na noite de sábado.
Cliente fiel da Santa Angélica e expositor assíduo da Expointer, o paranaense Mariano Lemanski foi ao leilão da cabanha de Herval com uma meta: comprar a égua Rajada de Santa Angélica, de três anos. E conseguiu, pagando o valor mais alto do evento, R$ 104 mil.
? O preço reflete a disputa entre várias pessoas para comprar este animal ? observou Lemanski, proprietário da cabanha São Rafael, sediada em Balsa Nova (PR).
O produtor justificou que Rajada é filha de Santa Elba Señuelo, um dos mais importantes garanhões da raça crioula.
? Aos 31 anos, completados no mesmo dia do remate, observou Lemanski, não se sabe até quando ele vai produzir ? acrescentou.
Na começa a venda de bovinos rústicos, com o leilão da raça angus. Com o mercado aquecido, preços firmes de novilhos e vacas gordas, o presidente da Associação Brasileira de Angus, José Paulo Cairolli, estima que o faturamento supere os R$ 600 mil da mostra anterior. No total, devem cruzar as pistas de Esteio cerca de 200 touros criador a campo de diversas raças. Pela qualidade de ponta, Marcelo Silva acredita em preços médios de R$ 6 mil para os rústicos.
Neste ano, a Expointer 2008 projeta faturar entre R$ 235 milhões e R$ 250 milhões, embora já se fale até em R$ 300 milhões. O Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers) não fez nenhum levantamento de vendas. Segundo o presidente do Simers, Cláudio Bier, os dois primeiros dias tradicionalmente não registram negócios significativos.
Com artesanatos, a mostra negociou R$ 176,5 mil. A agricultura Familiar abriu os negócios com R$ 69,24 mil no sábado ? número 159% superior ao registrado no primeiro sábado de 2007.