>> Leilões de gir leiteiro e girolando faturaram R$ 732 mil na 42ª Expoinel
– A gente sempre espera o melhor, é um time que está indo bem e acredito que o resultado vai ser bom. O principal foco é a sustentação do negócio, vender touros melhoradores e estar dentro da normalidade – diz o criador
Já a 42ª Exposição Internacional do Nelore (Expoinel), que acontece ao mesmo tempo, trouxe 922 animais entre nelore e nelore mocho, 10% a menos do que no ano passado. Os criadores justificam a redução por causa da competitividade mais acirrada – foram para Uberaba somente os melhores exemplares de cada criatório. O pecuarista Frederico Henriques, da Fazenda Baluarte, separou 15 animais para formar um time de pista, mesclando com a nova geração.
– O nelore é uma raça que sempre foi desafiada e tem dado respostas impressionantes a cada ano, hoje você vê um animal com uma carcaça moderna, profunda, com uma cobertura de gordura e musculatura espetaculares, coisa que não se via há dez anos. É uma evolução contínua – afirma Henriques.
Os criadores de brahman e de nelore acreditam que têm espaço para troca de experiências e para fazer bons negócios. São 13 leilões e um shopping dentro do principal polo de genética de pecuária zebuína do país. Ter um resultado de destaque na pista em Uberaba significa projetar o criatório para mercado internacional. Mas cada raça tem as metas bem definidas.
Na parte de mercado, a raça Nelore quer manter na soma dos leilões do ano o faturamento de R$ 40 milhões, mesmo resultado de 2012. Na genética o foco é diminuir a distância entre a pista e o rebanho que chega nos frigoríficos.
– Dentro das pistas a gente preconiza um animal mediano, tentando tirar os dois extremos, tanto o animal pequeno como o animal muito grande. Isso para tentar aproximar mais a pecuária de elite da pecuária de corte, que na nossa visão é uma pecuária só – diz Marcos Pertegato, gerente técnico Nelore.
No caso da raça brahman, a demanda cresce, mas os preços preocupam. No ano passado, esta foi a segunda raça que mais vendeu e exportou sêmen. O crescimento de 97% ao ano nos últimos seis anos deixa os criadores otimistas. No médio prazo, a Associação dos Criadores de Brahman do Brasil (ACBB) quer registrar o maior rebanho da raça no mundo. Atualmente o Brasil ocupa a terceira colocação.
– Vamos completar no dia 6 de maio de 2014 o vigésimo ano de entrada do brahman no Brasil. Nos próximos cinco anos vamos assumir a liderança mundial em termos de volume e nascimentos de brahman ao ano – afirma Lydio Cosac de Faria, diretor-executivo da ACBB.