A Seapa, por meio de dez núcleos de controle da raiva herbívora, que atuam em parceria com as Inspetorias de Defesa Agropecuária (IDA), realiza um trabalho de combate à doença e de conscientização dos produtores para a importância da vacinação. Segundo a secretaria, para que haja o controle da raiva herbívora, é necessário que a população de morcegos também seja controlada.
Diferente da febre aftosa, por exemplo, onde há contaminação de animal para animal, a raiva é transmitida de maneira vertical, pelo vetor que é o morcego hematófago. A vacinação não é obrigatória, mas estratégica. Quando os focos são constatados, através de diagnóstico laboratorial, os criadores devem vacinar os animais. As orientações são principalmente para bovinos, equinos e bubalinos – animais que ficam mais expostos ao ataque de morcegos. A vacina precisa ser aplicada em duas etapas – 21 dias após a primeira aplicação, deve ser administrada uma segunda dose, sem a qual o animal não fica imune ao vírus.
Segundo o coordenador no Rio Grande do Sul do Programa Nacional de Controle da Raiva em Herbívoros, Nilton Rossato, as ações precisam ser preventivas. Ele alerta os produtores que a doença tem um período de incubação de 80 dias, portanto, há uma demora até que se manifeste no animal infectado.
– Quando o criador percebe os sinais da doença no rebanho, já é tarde demais para vacinar e o animal já está condenado. Por isso, é muito importante que os refúgios de morcegos sejam identificados pelos produtores e o Serviço Veterinário Oficial (SVO) seja notificado imediatamente.
Segundo Rossato, assim é possível que o SVO atue a tempo de evitar a progressão do vírus de uma colônia para outras.