A doença é letal e acarreta prejuízos da ordem de US$ 200 milhões por ano à cadeia produtiva de bovinos. A morte do animal ocorre em aproximadamente dez dias do contágio. Há risco para a saúde pública, pois a doença pode atingir humanos que lidam diretamente com o rebanho.
Para evitar a raiva nos herbívoros, é preciso, mais do que vacinar periodicamente os animais, controlar o agente transmissor. O principal é o morcego vampiro Desmodus rotundus, que se alimenta com o sangue de bois, cabras, ovelhas e cavalos. O animal agredido apresenta um pequeno ferimento, com uma marca de sangue escorrido. O controle da população do morcego é uma das principais formas de evitar a contaminação dos rebanhos.
Ações
Como medidas para prevenção da doença nos herbívoros, em 2007, foram treinados mais de 600 profissionais do Mapa, de Órgãos Executores Estaduais de Defesa Sanitária Animal, do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais de Saúde. Na ocasião, foram distribuídos 140 kits com equipamentos para controle dos morcegos e os resultados desse trabalho já podem comprovados.
No primeiro semestre deste ano, aumentou 26,71% o número de morcegos hematófagos capturados, com redução de 18% na ocorrência de focos da doença, em comparação com os seis primeiros meses do ano passado. Além disso, até o mês de setembro de 2008, foram comercializadas cerca de 66 milhões de doses de vacina anti-rábica para animais no País.
Sintomas
Algumas características identificam o animal doente, que se isola do rebanho, saliva excessivamente, não bebe e não come, apresenta andar cambaleante e dificuldade para ficar em pé. Na fase final, a doença paralisa os quartos posteriores e o animal não consegue mais se levantar.
O Ministério da Agricultura elaborou o Manual Técnico de Controle da Raiva dos Herbívoros, que padroniza as ações para o controle da doença. O documento está disponível no site www.agricultura.gov.br.
Os interessados em obter mais informações sobre a raiva dos herbívoros devem solicitar pelo e-mail pncrh@agricultura.gov.br ou ligar para a Central de Relacionamento do Ministério pelo telefone 0800 704 1995. A ligação é gratuita.