Até o primeiro semestre de 2012, a gigante do Rio Grande do Sul quer transferir toda a linha de produção de câmaras frigoríficas para a unidade, que será ampliada e modernizada. O investimento faz parte do plano da Randon de dobrar o faturamento nos próximos cinco anos ? em 2011, a receita líquida será de R$ 3,9 bi.
A catarinense Folle compra o chassi e monta as câmaras frigoríficas, ao preço final de R$ 210 mil. Com 60 funcionários, a empresa fabrica 30 unidades por mês, possui participação de 8% no mercado nacional e fatura R$ 25 milhões por ano.
A Randon, líder desse mercado (fatia de 32%), projeta que a receita da nova empresa, chamada de Randon Brantech Implementos para o Transporte, crescerá 14 vezes no prazo de quatro anos e chegará a R$ 350 milhões. O vice-presidente de operações da companhia gaúcha, Enrino Tonon, afirmou que a meta é produzir mil unidades/ano e o número de funcionários subirá para 400.
Os cerca de 140 funcionários que trabalham atualmente na unidade de Caxias do Sul (RS) serão transferidos ou incorporados a outras linhas. A base e o chassi do semirreboque seguirá sendo fabricada lá. Apenas a caixa frigorífica será montada em Santa Catarina.
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A escolha do Estado não ocorreu por acaso. Empresas catarinenses compram 30% da produção nacional de semirreboques frigoríficos, que soma 1,7 mil unidades mensais.
A estratégia da Randon é fortalecer segmentos específicos em polos regionais para consolidar sua presença no mercado nacional.
? O Oeste é uma região com uma concentração muito grande de cargas perecíveis (em função, especialmente, de empresas de embutidos) ? explicou o diretor de Tecnologia e Exportação da Randon, Cesar Pissetti.
A cidade de Chapecó está no centro de um dos maiores polos agroindustriais de carne do planeta, que demanda transporte refrigerado. No Oeste do Estado estão localizadas plantas frigoríficas da BRF ? Brasil Foods, Seara e Aurora.
