De acordo com o Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea), as mudanças nos rumos do rebanho se dão, na maioria dos casos, por questões de mercado e as consequências delas são chamadas de ciclo da pecuária. Porém, há exceções e o observado neste ano foi uma delas, isso porque a relação entre os preços do bezerro e do boi gordo estava favorável ao criador desde 2008 e os indicadores de custo da cria não apontavam qualquer prejuízo operacional.
Nessas condições, o que geralmente acontece é a retenção de fêmeas e o investimento na cria, mas o fator clima pode mudar tudo e atrapalhar os planos dos produtores. Em 2010 houve uma séria seca no Estado que, aliada à incidência de pragas, levou à morte de quase 10% das pastagens. A falta de pastos no ano seguinte levou à queda na taxa de prenhes e ao aumento no abate de fêmeas, que deve passar de 1,48 milhão para mais de 2,1 milhões em 2011. Nesse cenário era certa a queda do volume de bezerros nascidos e talvez se tenha ficado no lucro com essa queda moderada.