Segundo Ávila, o ano foi marcado pela consolidação de mercados recentemente conquistados e pelo fortalecimento das entidades do setor. Ele ressalta que as principais dificuldades enfrentadas durante o ano foram o alto custo das matérias-primas, principalmente milho e farelo de soja, além dos problemas decorrentes da perda de produtividade pela alta valorização do real em relação ao dólar.
? O preço do milho alcançou outro patamar em função da manutenção do destino em grandes quantidades do grão norte-americano para a produção de biocombustível e das aquisições pontuais e em grandes quantidades, pela China, do milho brasileiro. Este patamar de preços deve se manter elevado ? aponta.
O presidente da ACAV relata que a avicultura de Santa Catarina adquiriu maiores quantidades na safra e safrinha do milho brasileiro e importar o grão para suprir a demanda interna e administrar os custos de produção nas granjas.
Ávila acredita na conquista de novos mercados externos e aposta em melhorias em 2012.
? O plano é manter os mercados conquistados e buscar alternativas no continente africano e na Indonésia. E nossas reivindicações repetem-se ano a ano, pois a evolução incremental é muito pequena e incluem planejamento estratégico de longo prazo para a agropecuária, revisão da política fiscal tributária brasileira, sistema de compensação na aquisição de milho, similar a oferecida ao nordeste, e logística: ferrovia do frango, duplicação da BR-470 e BR-282, finalização das obras da BR-101, evolução dos portos em competitividade, facilitar o uso do crédito de ICMS acumulado em função das nossas exportações ? conclui.
Santa Catarina é o segundo maior produtor de aves do Brasil e o maior exportador. A receita com as vendas externas supera US$ 1 bilhão. O abate anual é de aproximadamente 700 milhões de aves. O Estado reúne 13 mil avicultores, dos quais 10 mil são integrados às agroindústrias. O setor emprega diretamente 40 mil pessoas e, indiretamente, mais 80 mil.