O resultado de 2010 ficou um pouco abaixo da expectativa da entidade, que previa receita de US$ 4,9 bilhões no período. O volume, entretanto, ficou acima dos 1,64 milhão de toneladas equivalente carcaça projetados para o ano passado. A Abiec também divulgou os dados de dezembro do ano passado ante o mesmo mês de 2009, quando houve queda de 4% na receita, para US$ 360,929 milhões; recuo de 27% em volume, para 119,225 mil toneladas equivalente carcaça, e aumento de 25% nos preços, para US$ 4.474/tonelada.
Segundo o presidente da Abiec, Antonio Jorge Camardelli, em comunicado, 2010 foi um ano muito seco, o que atrapalhou a engorda dos animais e, por consequência, trouxe desequilíbrio na oferta e demanda.
? Mas para 2011 teremos uma oferta melhor de animais ? afirmou o executivo na nota.
A Abiec ainda informou que as exportações de carne in natura, que somaram US$ 3,861 bilhões em 2010, com embarques de 1,398 milhão de toneladas equivalente carcaça, tiveram como mercados em destaque a Rússia, com receita cambial de US$ 1,023 bilhão e volume de 418,988 mil toneladas; o Irã, com US$ 807,320 milhões e 281,151 mil toneladas e o Egito, com 166,513 mil toneladas e receita de US$ 409,959 milhões.
Com relação à carne industrializada, que teve receita de US$ 498,225 milhões e 311,006 mil toneladas, o principal mercado foi o Reino Unido (US$ 157,216 milhões e 106,190 mil toneladas), já que os Estados Unidos ficaram o segundo semestre de 2010 fechados para a carne brasileira. Com o embargo, as exportações para os americanos caíram 65% em receita cambial (US$ 76,346 milhões) e 23% em volume (33,828 mil toneladas) na comparação entre 2010 e 2009.
Previsões
A projeção de crescimento de 10% em receita cambial, totalizando US$ 5,3 bilhões, foi mantida para 2011. Se as expectativas se confirmarem, o montante atingirá a receita de 2008, que foi o melhor desempenho da história do setor.
? O grande objetivo da Abiec, em parceria com o governo, é trazer mais competitividade à carne brasileira. O momento atual é de harmonização de preços e o binômio preço e pacote tecnológico, aliado à autogestão, são ferramentas propícias ? destacou Camardelli.