– Para quem exporta, trabalhar com esses níveis de adversidade de oferta, de mercado e de câmbio e chegar nos resultados que chegou, conseguir administrar todo esse problema, foi um ano bom – aponta o presidente da Abiec, Antônio Camardelli.
Em volume, entretanto, houve queda de 10,80%. Os embarques totalizaram 1,097 milhão de toneladas em 2011, em comparação com 1,230 milhão de toneladas em 2010. A Abiec informa que os resultados ficaram em linha com o esperado inicialmente (receita cambial de US$ 5,3 bilhões e queda de 10% em volume).
– Teve uma queda na Rússia por conta do embargo às plantas, uma situação que está se normalizando. No Irã, um problema político, existe uma pressão internacional, mas é um mercado que é o segundo maior destino para o Brasil. E os Estados Unidos para onde exportamos muitos produtos industrializados, mas teve uma queda de volume que estamos tentando resolver – aponta o diretor-executivo da Abiec, Fernando Sampaio.
Por tipos de carne, o segmento in natura liderou os embarques com receita de US$ 4,167 bilhões, representando alta de 7,98%. No entanto, em volume houve queda de 13,76%, com embarque de 819 mil t. Esse volume representou 75% do total exportado em 2011. O segmento de carne industrializada, em volume, ficou com participação de 10%, enquanto miúdos representou 9% e tripas, 6%.
Em termos de receita cambial, carne in natura representou 78%, industrializada 12%, tripas e miúdos 5% cada. Por região, em volume, Oriente Médio e norte da África lideraram com 32%; Rússia, Casaquistão e Bielo-Rússia, juntos, ficaram com 22%; Ásia, 19%; América Latina e Caribe, 11%; União Europeia, 10%; e África, 3%.
Em faturamento, Oriente Médio e norte da África participaram com 31%, seguidos de Rússia, Casaquistão e Bielo-Rússia, que juntos representaram 20%; União Europeia, 16%; Ásia, 15%; e América Latina e Caribe, 12%.
Os principais destinos, em volume, foram Rússia (22%), Hong Kong (17%), Irã (12%), União Europeia e Egito (10% cada). Já em termos de faturamento, os principais destinos foram Rússia (20%), União Europeia (16%), Hong Kong e Irã (13% cada) e Egito (8%).