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Receita com exportações de carne deve crescer neste trimestre

Valorização do dólar deve contribuir significativamente com as exportações dos frigoríficos brasileirosCom uma valorização de 17,2% desde 31 de agosto, o dólar comercial terminou as negociações desta quarta, dia 5, a R$ 1,832 e, caso se mantenha nesses patamares, deve contribuir significativamente com as exportações dos frigoríficos brasileiros. Em entrevista à Agência Leia, Marfrig, Minerva e JBS acreditam que, neste cenário, ganham mais competitividade e podem ter ganhos, em especial, no faturamento advindo das exportações neste trimestre.

O diretor de finanças internacionais da Marfrig, Eduardo Miron, acredita que, de uma forma geral, a volta do câmbio para patamares mais razoáveis é fundamental para a recuperação de margem e caixa para as empresas que tem participação significativa em exportação.

? Como exemplo, por trimestre temos aproximadamente R$ 5,3 bilhões de reais de faturamento (resultado do segundo trimestre deste ano) dos quais 75% são majoritariamente em dólar. Estes 75% de receita serão beneficiados, ou seja, incrementados, seja por conversão dos valores recebidos pelas vendas ao Exterior por um dólar mais alto ou pela conversão dos resultados para reporte ao Brasil ? explica.

O diretor Financeiro e de Relações com Investidores da JBS, Jeremiah O’Callaghan, acredita que com uma receita proveniente de exportações saindo do Brasil de aproximadamente US$ 2,5 bilhões em média, anualmente, a valorização de, em média, 20 centavos no câmbio, representaria um ganho adicional anualizado de US$ 500 milhões em margem para a companhia.

? Não vejo nem tanto uma expansão em volumes, porque temos o mercado interno bastante robusto, mas se o dólar se mantiver nesse patamar teremos uma vantagem competitiva e isso melhorará a nossa margem ? diz o diretor da JBS.

O diretor financeiro do Minerva, Edson Ticle, acredita que a valorização do dólar será um grande incentivo para que a companhia tenha ganhos de faturamento e volume em exportação.

? Esperamos ter um crescimento no faturamento total da ordem de 20% a 25% em relação a 2010, com 50% vindo do mercado interno e 50% do mercado externo ? disse.

Se o cenário do câmbio se mantiver nesse patamar, é provável que os frigoríficos reavaliem a estratégia de direcionamento da produção, já que o mercado externo voltaria a ser competitivo. Durante o período de apreciação do real, as três companhias direcionaram parte da produção para o mercado interno, bastante aquecido.

A depreciação do dólar durante mais da metade deste ano afetou todas as moedas de países emergentes e, neste caso, a valorização do real foi bem menor se comparada a divisa de outros países desse grupo, fato que deixou o Brasil numa posição menos desconfortável.

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