Representantes do agronegócio brasileiro vão à Rússia negociar solução para embargo

Segundo o diretor da Abipecs, Jurandir Machado, setor aguarda por notícia positiva do encontroRepresentantes do agronegócio brasileiro estão nesta semana em Moscou, na Rússia,  para participar de uma importante feira de alimentos. Aproveitando a passagem pelo país, juntamente com negociadores do governo brasileiro, o momento servirá para adiantar as negociações sobre o embargo às carnes brasileiras.

Segundo o diretor da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Jurandir Machado, é um momento em que alguma notícia positiva deve ser divulgada.

? Nesse momento de impasse com o governo russo a feira se torna importante porque vai ser um momento de forte pressão dos importadores russos no sentido de acelerar a solução para esse problema. Também estarão presentes os negociadores do governo brasileiro que, com certeza, vão adiantar esse processo ? apontou o diretor.

A restrição russa ao produto brasileiro já dura três meses e o setor que mais sofre com os impactos dessas restrições é o da carne suína. O país responde por mais de 40% das exportações desse mercado no Brasil.

Apesar da recente queda, a Rússia ainda participa de uma parcela muito significativa no mercado brasileiro. No entanto, de acordo com Machado, o Brasil está ampliando os negócios para outros mercados como os da China e Ucrânia e também existe a retomada das vendas para a África do Sul. Além das exportações, Jurandir Machado afirmou que o mercado interno também tem absorvido o excedente de produto e evitado o estoque da carne.

O diretor da Abipecs acredita que a expectativa para os próximos meses e até o final do ano é de melhora no mercado não só das carnes suínas, mas das carnes em geral.

? É um período em que há uma maior movimentação com vista às vendas de final de ano. Nesse momento começam a ser fechados os principais contratos de vendas de alimentos com as cadeias de supermercados do Brasil. E isso sempre é um fato de recuperação de preços ? disse Machado.

Confira a entrevista: