Reprodução do mangalarga marchador através de sêmen congelado é tema de palestra

Os Estados Unidos é um dos países que mais compra o material genético para ampliar o plantelA reprodução de equinos vem evoluindo nos últimos anos, sendo cada vez mais aprimorada nos haras do país. O processo de expansão da raça mangalarga marchador passa pelo uso do sêmen congelado. A técnica apresenta pontos positivos e algumas dificuldades. Uma palestra hoje, dia 29 de julho, explicou a utilização e as limitações do tipo de reprodução, durante a 33ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga Marchador, na cidade de Belo Horizonte (MG).

A raça cresceu 20% nos últimos cinco anos no Brasil. Ela está presente em países como Uruguai, Peru, Holanda e Bélgica. A Associação Brasileira de Criadores de Cavalo Mangalarga Marchador (ABCCMM) criou quatro núcleos internacionais para valorizar e divulgar o animal. Hoje, esses cavalos estão presentes nos Estados Unidos, Alemanha, Itália e Argentina.

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O mercado para essa raça vem se consolidando por meio da exportação de animais e material genético. Os Estados Unidos é um dos países que mais importa sêmen congelado para ampliar o plantel. Existem algumas dificuldades para fazer o uso do sêmen congelado. Depois do descongelamento, o tempo de viabilidade é reduzido, o que exige um rigoroso controle reprodutivo da fêmea para adequar o momento de inseminação. Além disso, com a utilização desse tipo de material, ocorre uma redução da fertilidade.

Para o médico veterinário Reno Roldi de Araújo, a demanda por sêmen congelado tem crescido em todo o país. Essa procura tem garantido o aumento do mangalarga marchador. Para ele, a possibilidade de exportar sêmen de garanhões da raça e mantê-los armazenados por tempo indeterminado, tem despertado cada vez mais o interesse para o uso do sêmen congelado.

Dentro deste cenário, é necessário compreender as limitações do material, entender as formas mais adequadas de fazer uso dele e as perspectivas em relação à técnica. De acordo com o palestrante, o médico veterinário Renan Reis de Oliveira, a utilização do material ainda encontra barreiras.

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