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Resíduos sólidos no meio rural podem virar oportunidade para o produtor

Prefeitura de São Gabriel do Oeste (MS) já trabalha com a transformação de dejetos animais em fonte de energiaO ciclo de debates da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), discutiu nesta sexta, dia 25, a correta destinação de dejetos animais, embalagens de agrotóxicos e lubrificantes, sucatas de maquinário agrícola e outros resíduos gerados no interior do país. Esse foi o tema discutido no painel Gerenciamento de Resíduos no Meio Rural.

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A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, participou do debate e destacou a necessidade de soluções específicas e alternativas para o setor dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

– Infelizmente, a lei não dialoga completamente com o campo, no entanto, como podemos resolver isso? As pessoas terão que andar 70 quilômetros ou mais para entregar o lixo, como o catador vai encontrar soluções nessas áreas distantes? – questiona a ministra.

Logística dos resíduos

Saber como será feito o tratamento desses resíduos no meio rural, para que a região não seja uma alternativa para os resíduos gerados no meio urbano, também foi um destaque importante feito por Izabella. A ministra ressalta ainda que se um determinado produto chega e é vendido no campo, deve existir uma logística reversa para o mesmo, referindo-se ao processo pelo qual os rejeitos são recolhidos pelo fabricante ou comerciante.

O prefeito de São Gabriel do Oeste (MS), Adão Rolim, explicou o que vem sendo feito na cidade, inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Paraguai. Ele explicou que mais de 2,5 mil pessoas, envolvidas com a suinocultura na região, já trabalham há alguns anos com o recolhimento e reciclagem de embalagens de agrotóxicos. Além disso, atuam já com práticas de conservação do solo, recuperação de matas nativas, educação ambiental e transformações de dejetos animais em energia. 

Pesquisa

Ivan Bergier, da Embrapa Pantanal, que lidera uma pesquisa sobre tratamento de dejetos da suinocultura, aposta em uma mudança de filosofia e de pensamento para solucionar o problema. Ele afirma que é preciso reduzir a entrada de insumos não renováveis no campo, bem como o impacto do efeito estufa, além de tentar aumentar a sustentabilidade da agricultura brasileira e a geração de energia limpa e renovável. Bergier afirma ainda que, se o agricultor conseguir produzir energia a partir de fontes renováveis limpas, é possível reduzir a emissão de gases efeito estufa e a poluição das áreas de preservação ambiental.

A ministra Izabella Teixeira também reafirmou, durante o evento de hoje, que o decreto que regulamenta o cadastro ambiental rural será publicado em dezembro.

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