Segundo a ministra, além dos temas comuns que serão tratados até a próxima sexta, dia 4, último dia do encontro, o desenvolvimento sustentável da cadeia produtiva de pescado deve ser o ponto principal de atenção da entidade.
? Isso levará ao aumento da renda de populações vulneráveis e contribuirá para níveis maiores de segurança alimentar no mundo ? disse Ideli.
O destaque ao assunto deve-se ao fato de que o Brasil vê a atividade da pesca e aquicultura como estratégica para erradicação da miséria.
? Temos condições únicas, pelo nosso potencial, de produzir milhares de toneladas de pescado, um alimento saudável que não desmata florestas e possui um custo baixo de produção ? explicou, reforçando que o aumento da produção também torna a carne mais acessível, a preços mais baixos para elevar o consumo.
Para isso, a ministra pediu a atenção de todos quando à cooperação técnica e de capacitação entre os países. Ressaltou que o comitê deve concentrar-se para propiciar condições de que os emergentes desenvolvam mais rapidamente suas cadeias produtivas.
Aproveitando a presença de autoridades dos mais 190 países, Ideli terminou fazendo um apelo pela intensificação do combate à pesca ilegal e predatória no mundo. Citou a importância do Acordo da FAO sobre o Tratado de Porto, que coíbe a entrada de navios de pesca ilegal nos portos dos países signatários, como o Brasil, e reiterou o compromisso brasileiro quanto aos códigos de conduta.
A agenda do Comitê de Pesca da FAO prosseguirá com a avaliação ainda nesta segunda, dia 31, sobre a implantação do Código de Conduta para Pesca Responsável. Na terça, dia 1, a ministra Ideli Salvatti se reúne com a Noruega para discutir maior aproximação e relacionamento bilateral com aquele país. Outro assunto que toma atenção do encontro é a eleição do novo presidente da entidade, prevista para julho e disputada, entre outros, pelo brasileiro José Graziano da Silva.