Caminho que não será tão simples assim já que, atualmente, são 150 mil exemplares rastreados, o equivalente a 1% do total. Outra barreira a ser vencida é a de dobrar o atual volume de exportações de carne, de cerca de 40 mil toneladas, em seis anos.
O anúncio foi feito nessa quinta, dia 21, pelo secretário da Agricultura do Rio Grande do Sul, Luiz Fernando Mainardi, em encontro com representantes do segmento da carne.
O presidente do Sindicato da Indústria de Carne e Derivados no Estado, Ronei Lauxen, aprova as medidas anunciadas, mas faz um alerta:
? Não pode haver muita burocracia, pois os modelos que já se tentou implantar no país tiveram pouca adesão.
Segundo o secretário, o Programa da Carne Gaúcha, que ainda está em elaboração, terá recursos públicos e privados que deverão ultrapassar os R$ 100 milhões. Só o rastreamento teria um custo previsto de R$ 60 milhões. No dia 29, em Santana do Livramento (RS), será assinado convênio de R$ 31 milhões com o Ministério da Agricultura para a reestruturação das inspetorias veterinárias ? R$ 25 milhões de verba federal e R$ 6 milhões do Estado.
? Uma das primeiras etapas passa por essa reestruturação, inclusive com o aumento no quadro funcional a partir de 2012 ? salienta Mainardi.
Em passagem pelo Estado, o presidente do Comitê de Estratégia Empresarial do JBS Friboi, Marcus Vinicius Pratini de Moraes, criticou a imposição de pesadas barreiras impostas por mercados como o europeu. A busca de uma solução, reforça Moraes, depende também de acertos políticos.
O Rio Grande do Sul que em 2006 chegou a exportar US$ 55 milhões em carne de gado in natura para a UE (5% do total brasileiro), viu seu desempenho despencar para US$ 4 milhões neste primeiro semestre desse ano (2,5% do montante nacional).