Na fronteira com o Uruguai, o município abriga o maior rebanho de ovinos do Estado, com mais de 500 mil cabeças. Há mais de 20 anos, Roney Cardoso Machado cria, em média, 600 animais das raças corriedale e ideal.
A principal finalidade da criação é a produção de carne, de lã e dos próprios cordeiros. Machado está satisfeito com o negócio.
– Existe mercado e a demanda é grande tanto para a lã, quanto para a carne. Continua sendo um negócio muito lucrativo – afirma o ovinocultor.
Se no campo, a criação de ovinos é promissora, nos remates, a venda dos animais é garantida. Nesta edição da Expofeira de Ovinos de Verão, participam 23 cabanhas. Cerca de três mil ovinos, entre machos e fêmeas, devem passar na pista de remates do evento. Até o fim da exposição, a expectativa dos organizadores é de que o faturamento alcance a marca de R$ 1,5 milhão.
O produtor João Paulo Magalhães colocou à venda 900 animais, entre machos e fêmeas da raça corriedale que produz carne e lã. O valor dos lotes deve ficar de 10% a 20% maior do que no ano passado, segundo o ovinocultor.
– Nós ainda não conseguimos atender toda a demanda do país, por isso importamos do Uruguai e Nova Zelândia os dois produtos: a carne e a lã. Eles estão muito valorizados e os compradores conhecem o nosso trabalho com as animais – explica Magalhães.
Um rigoroso programa de melhoramento genético garante qualidade para a produção na região. Com mais participantes, a Expofeira de Ovinos de Verão deve durar mais tempo do que de costume.
– Mais animais e cabanhas estão participando da Expofeira neste ano e, por isso, a feira teve que ser estendida até o fim do mês – diz o presidente da Associação e Sindicato Rural de Santana do Livramento.
O cenário deixa o ovinocultor ainda mais otimista para continuar investindo no setor.
– Santana do Livramento é o berço da genética de todas as raças, o rebanho geral está entre R$ 150 a R$ 200 por animal, os de galpão custam em torno de R$ 800 a R$ 1 mil – comemora o ovinocultor Orlando Pires Martins.