A família Riva, de Teutônia (RS), exibe com orgulho o certificado que garante a sanidade do seu rebanho bovino. Em 2009, eles entraram no Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose. Na época, foram investidos como teste R$ 2,5 mil, um passo importante da família para dar continuidade a um processo seguro de produção de leite.
O rebanho de gado leiteiro da propriedade produz em média 1,2 mil litros por dia e, por estar certificado, livre de doenças, ganha uma bonificação da cooperativa que compra o produto da família. O benefício ajuda nas despesas anuais da propriedade para fazer o controle dos animais.
– Nós ganhamos uma bonificação de meio centavo por litro vendido. Hoje, daria na faixa de R$ 5,00, R$ 6,00 por dia ao menos – aponta o produtor rural Adelar Riva.
O mapeamento no Estado está orçado em R$ 400 mil. Serão examinados 11 mil animais, de 1065 propriedades. As coletas serão realizadas entre março e junho e o diagnóstico deve ser divulgado no segundo semestre deste ano.
– De posse dessa definição é possível fazer um planejamento para acelerar o controle de erradicação dessas duas doenças no Rio Grande do Sul, isso permite projetar o custo de um trabalho de saneamento no território gaúcho – explica o presidente do Fundesa, Rogério Kerber.
A partir do resultado, os animais reprovados nos testes devem ser sacrificados, porém, o Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal (Fundesa) vai indenizar os produtores pelos prejuízos.
– Da pecuária leiteira, é de R$ 1 mil a R$ 2 mil por animal. Da pecuária de corte, é de R$ 319 por animal. Da tuberculose, as indenizações do Fundesa se somam às indenizações também pagas e previstas por parte do Ministério da Agricultura – destaca Kerber.