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Pecuária

RS prorroga até 24 de abril o prazo para vacinação contra aftosa

Em todo o estado, a expectativa é de que 12,6 milhões de animais sejam imunizados, entre bovinos e bubalinos de todas as idades

O secretário da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul, Covatti Filho, informou nesta segunda-feira, 13, que obteve aval do governo federal para prorrogar a campanha de vacinação contra a febre aftosa no Rio Grande do Sul. Agora, o prazo se encerrará no dia 24 de abril, e não mais nesta terça-feira, 14.

Em todo o estado, a expectativa é de que 12,6 milhões de animais sejam imunizados, entre bovinos e bubalinos de todas as idades. “É muito importante a mobilização do produtor rural nesta reta final da campanha, para garantir a imunização do rebanho, sempre seguindo as recomendações para prevenir o contágio pelo coronavírus”, reforça o secretário.

Vários argumentos foram utilizados para a prorrogação, além do fato de que a etapa foi antecipada, a estiagem que atinge o estado e as restrições provocadas pela pandemia do coronavírus foram as principais motivações. Também em função da Covid-19, o Departamento de Defesa Agropecuária da Secretaria adotou algumas medidas preventivas.  “Tomamos o cuidado de garantir que não houvesse a aglomeração nas Inspetorias de Defesa Agropecuária, permitindo a comprovação da vacinação através de e-mail e whastapp”, afirma Fernando Groff, do Programa de Prevenção e Combate à Febre Aftosa.

A lista com os e-mails das inspetorias locais de defesa agropecuária pode ser consultada aqui. O número de WhatsApp da inspetoria é o mesmo do telefone fixo. O prazo para a apresentação de notas fiscais de compra de vacinas contra a febre aftosa foi prorrogado até 30 de abril. 

Para o presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária Animal do Rio Grande do Sul, Rogério Kerber, a prorrogação do prazo vai contribuir para que um número maior de produtores consiga realizar a imunização do rebanho diante de tantos contratempos registrados no estado. “É importante que, mesmo nestes momentos mais difíceis, o produtor reconheça a importância de manter o rebanho dentro das normas do Serviço Veterinário Oficial. Assim, o estado pode ganhar o reconhecimento tanto dos órgãos oficiais, quanto do mercado internacional, como uma área que encara com seriedade a sanidade animal”, conclui.

A campanha de vacinação, que ocorre tradicionalmente em maio, foi antecipada como parte da estratégia do estado para ser declarado pelo Mapa como livre de aftosa sem vacinação, a fim de obter, num segundo momento, o reconhecimento internacional dessa condição pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). Até o momento, no Brasil, apenas os estados de Santa Catarina e Paraná conquistaram o status sanitário de zona livre de aftosa sem vacinação.

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