Entidades do Rio Grande do Sul ainda buscam solução para a retomada das atividades em plantas frigoríficas de Passo Fundo e Lajeado, que foram fechadas por conta da Covid-19. Nesta quarta-feira, 13, o secretário da Agricultura do Estado, Covatti Filho, afirmou que trabalha com as indústrias para que um eventual abate sanitário (sacrifício de animais) não seja necessário.
“O Rio Grande do Sul não quer chegar ao momento do abate sanitário. Nós estamos fazendo uma remodelação e contando com empresas para que se faça a redistribuição para que se possa abater. Hoje eles [indústrias] estão conseguindo se organizar internamente, mas vai ter um momento que acaso continuar por mais dias, pode se criar esse ambiente de abate sanitário”, disse.
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De acordo com ele, a secretaria trabalha junto da Secretaria de Saúde, Ministério Público do Trabalho e Procuradoria Geral do estado para conseguir liberar a volta das atividades em plantas do Rio Grande do Sul.
“Estamos apreensivos para que seja liberado de forma rápida e temos grupo técnico para analisar cada caso. Junto com as empresas, vamos detalhar os requisitos que elas têm que cumprir e os prazos para fazer isso”.
Ele explica que há indústrias que já realizaram investimentos em compra de equipamentos de proteção assim como começaram a realizar obras de estrutura para atender os requisitos de reabertura.
A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS) defende que a criação de aves e suínos no estado não tenha o mesmo tratamento de indústrias urbanas. O presidente da entidade, Carlos Joel, afirma que há certas peculiaridades na agroindústrias que se não levadas em consideração, poderiam prejudicar criadores.
“Temos alertado que uma criação de frango, suíno, produção de leite não é a mesma coisa, não pode ser tratada da mesma forma que uma empresa urbana que vende calçados, roupas eletrodomésticos e carros que podem fechar as portas hoje e abrir de novo”, comenta.
Ele explica que na criação de animais, o tempo de produção é planejado. “Se não for feito o alojamento no momento certo, além do prejuízo, traz uma interrupção no processo que vai demorar pra voltar a normalidade. Para muitos produtores, se o alojamento não chegar, ele acaba não conseguindo nem retomar a produção”, diz.