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Rumos do mercado de leite permeiam debates no primeiro dia da Megaleite, em Minas Gerais

Evento foi aberto nesta segunda, com participação de mais de dois mil animaisMais de dois mil animais de sete raças de gado leiteiro e búfalas participam da 9ª Megaleite, que foi aberta oficialmente nesta segunda, dia 2, e segue até o próximo domingo, dia 8, em Uberaba (MG). A programação do evento inclui torneios de produtividade e leilões, além de debates políticos e técnicos. O assunto em debate no primeiro dia da feira foi a importação de leite dos países vizinhos, que pressiona os preços pagos no mercado interno.

– A grande virtude que estamos focando em relação à produção é a qualidade. Minas Gerais está desenvolvendo muito em relação à qualidade. Uma exposição como esta, tecnicamente, vai melhorar cada vez mais e consolidar o Estado como grande produtor de leite. Nós temos praticamente um terço da produção nacional – afirma o secretário de agricultura de Minas Gerais, Elmiro Nascimento.
 
A restrição das importações de leite em pó e a redefinição da carga tributária sobre o leite in natura foram o foco das discussões nesta segunda. Entre as principais reivindicações do setor está a proteção ao mercado interno, tendo como reflexo a maior estabilidade dos preços pagos aos produtores. Os produtores pedem que o governo reavalie as compras de leite para as entidades públicas. Conforme o deputado federal Zé Silva (PDT-MG), um projeto sobre o assunto já tramita no Congresso, com o nome Leite Verde e Amarelo. 

– Secretarias de Estado, escolas, creches, asilos e outros órgãos federais, quando soltam a licitação, um dos itens tem que ser leite comprovadamente brasileiro. Com isso, evitamos essa entrada de importação, que só prejudica o mercado e os produtores – diz.

Para o presidente da Federação Pan-americana de Leite (Fepale), Vicente Nogueira Netto, as lideranças do setor sabem o que tem que ser feito na mesa de negociação com Argentina e Uruguai.

– No caso da Argentina, é preciso fazer cumprir o acordo de importação de leite em pó e estendê-lo para queijos. Com relação ao Uruguai, é preciso colocar limite. É preciso que a nação brasileira faça valer a sua força e coloque nas importações do Uruguai um teto máximo e um preço mínimo. Não impedir 100%, mas não podemos deixar nossa atividade à mercê de grandes vultos de importações que nos prejudiquem tremendamente – pontua.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho, por sua vez, pede paciência. Segundo ele, a solução passará por muita conversa no campo político.

– Temos conversado com o parceiro Uruguai e com a Argentina. Temos feito acordos, inclusive com a iniciativa privada, no que diz respeito à Argentina. Estivemos sentados com embaixador do Uruguai. Estamos cuidando disso com a preocupação que precisamos ter, com a consciência de que precisamos regular essa questão do mercado para não prejudicar o produtor.

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