A intenção dos russos seria adquirir animais jovens para abate no destino.
? Eles querem animais de raças europeias, que podem suportar o inverno deles. Seria para logo e em grandes volumes. Um navio leva de 10 mil a 15 mil animais. Isso é um atestado de sanidade do nosso rebanho ? diz Signor.
Segundo o superintendente, o próximo passo será entrar em contato com as associações de raça no Estado para confirmar a existência de oferta e viabilizar a operação. Seria um negócio semelhante às exportações que ocorrem hoje para países do Oriente Médio, uma alternativa contestada pelos frigoríficos. A indústria alega que a exportação diminui o abate no RS, deixa de gerar empregos e de agregar valor na cadeia.
O presidente da Associação Brasileira de Angus, Joaquim Mello, considera positivo o interesse russo por ser uma notícia que deve ter reflexos nos preços pagos aos pecuaristas.
? Vejo isso com bons olhos. Sempre que entra alguém novo comprando, mexe com o mercado ? afirma Mello, lembrando que o início da exportação de animais em pé para o Oriente Médio, em 2005, ajudou a enxugar a oferta no Estado.