Rússia suspende importação de tripas do Brasil

Mercadoria teria presença de resíduos de ractopamina, um indutor de crescimento utilizado na ração dos animaisO serviço de Defesa Agropecuária da Rússia, o Rosselkhoznadzor, suspendeu a partir desta quinta, dia 25, a importação de tripas produzidas por alguns frigoríficos brasileiros devido à presença de resíduos de ractopamina, um indutor de crescimento utilizado na ração dos animais.

O Rosselkhoznadzor informou ter detectado a presença de resíduos em intestino (tripa) do estabelecimento de SIF 862 (do JBS, situado em Goiânia) e carnes bovinas das plantas de SIF 504 (do Friboi, em Ituiutaba – MG), de SIF 421 (do Minerva, em Barretos – SP) e de SIF 4400 (do JBS em Campo Grande). As plantas a partir de agora estão sob controle laboratorial rígido.

O órgão russo afirmou que o secretário brasileiro de Defesa Agropecuária, Enio Marques, garantiu que a partir de dezembro do ano passado seriam adotadas medidas para atender os requisitos do mercado russo, incluindo a ractopamina. Os russos lembram que a Defesa Agropecuária assegurou que ractopamina utilizada na alimentação do rebanho bovino é proibida no Brasil.

Embora a nota divulgada pelo Rosselkhoznadzor cite apenas o controle rígido aos produtos dos quatro frigoríficos citados, no site da instituição consta que o embargo se estende a outras empresas. A informação é de que está suspensa temporariamente as importações das plantas de SIF 1001 (BFR, em Rio Verde – GO),  de SIF 3047 (Marfrig, em Mineiros – GO), de SIF 3062 (Marfrig, em Rio Verde – GO), de SIF 431 (do Minerva em Palmeiras de Goiás (GO); e de SIF 3181 (JBS – Naviraí – MS).

O Ministério da Agricultura não esclarece o assunto argumentando que não foi informado oficialmente pelo Rosselkhoznadzor, mas que mesmo assim recomendou à fiscalização que suspenda a emissão de novas guias para embarques de tripas para o mercado russo.

Em relação ao possível embargo de duas cargas de carnes pela União Europeia no porto de Roterdã, por causa da presença de bactérias E.coli, a Defesa Agropecuária informa que não tomou conhecimento oficial do assunto. 

Agência Estado