? A Rússia está utilizando a suspensão das exportações das unidades brasileiras como força política, misturando venda de alimentos com a entrada do país na Organização Mundial do Comércio (OMC) ? disse o executivo a jornalistas no evento Brasil Competitivo, em São Paulo, promovido pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (IBEF).
O embargo seria uma retaliação pela postura do Brasil nas negociações para a entrada da Rússia na OMC.
Desde o dia 15 de junho, 85 unidades dos Estados do Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso tiveram suas exportações suspensas ao País. Nesta semana, mais 37 frigoríficos ficaram impedidos de vender ao país.
Segundo Fay, a BRF esperava que até setembro os embargos fossem derrubados, mas com a nova lista, não trabalham mais com o prazo.
? Os portos fecham na Rússia a partir do final do verão e início de outono russo, então temos que resolver até lá. Não esperamos mais recuperar essas exportações que perdemos nesse período. O que passou, passou ? disse o executivo.
Fay não citou quantas unidades da empresa foram embargadas e o valor do prejuízo causado. A produção dessas unidades que tiveram seus embarques suspensos está sendo direcionada para outros mercados, conforme o executivo.
Venda de ativos
Sobre a venda do pacote de ativos e marcas previsto em Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) firmado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Fay apenas reafirmou que o banco BTG Pactual é quem está estruturando a operação.
? Há um grande esforço de preparação para a venda, mas o processo está muito incipiente ? declarou, evitando comentar sobre possíveis compradores.