A atividade pode começar em uma área de dois hectares e com cem animais. O investimento inicial é de cerca de 80 mil reais.
Duas coisas são essenciais para quem deseja iniciar uma criação de ovinos: a primeira é gostar do animal e da atividade pecuária, a segunda é conseguir, no mínimo, enxergar o que é um animal bom e o que não. As dicas são do produtor Itelvino Cesco, que cria ovinos há 15 anos. “Se você começar com um animal muito ruim, a tua produção vai ser ruim, você não vai ter uma capacidade nem de carne, nem de nada, boa. Tem que ter uma genética boa e ir selecionando”, afirma o pecuarista.
Para começar a produzir com um lucro trimestral de, aproximadamente, cinco mil reais é preciso ter, em média, 100 animais no campo e, se a pastagem for de boa qualidade, uma área de dois hectares é o suficiente. Para cumprir todos esses requisitos, o investimento inicial é de cerca de 80 mil reais.
O consultor do Senar-DF Marco Aurélio Duarte explica que com 100 animais, o produtor consegue produzir cerca de 150 crias por ano. Depois, o ideal é selecionar metade dos machos para venda e metade das fêmeas para recompor o rebanho.
Animal chega ao ponto de abate aos quatro meses e pode ser vendido a um preço médio de 300 reais. Os gastos ficam em torno de sete reais por quilo de carne. As matrizes chegam a ser vendidas por 600 reais e os reprodutores a mil reais. A alimentação dos ovinos corresponde a 30% do custo de produção e tem como principal item a pastagem.
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Sanidade
É preciso estar atento ao período de vacinas e, principalmente, ao controle de verminoses. Se o pasto estiver contaminado, os animais correm o risco de consumir vermes que estão disseminados no pasto. Além disso, são animais que passam a noite em galpões, que também podem estar contaminados. Por isso, é essencial que o controle de verminoses seja bem feito para evitar perda do rebanho.
Gestão
Além de todos esses cuidados, um fator é fundamental para o sucesso da ovinocultura: a boa gestão do negócio. De acordo com Marco Aurélio, o produtor precisa criar o hábito de anotar todos os seus custos e ganhos, para que ao final da produção, tenha um controle do seu lucro. “Além de ele vender, ele também consome. E o consumo, às vezes, não é contabilizado como receita. Ele deixou de gastar fora, então aquilo também entra como receita. O produtor que não faz isso fica prejudicado em si mesmo”, conclui.
