Em duas regiões (São Francisco do Sul e Porto Belo), os valores das toxinas estão acima do limite permitido para o consumo de ostras e mexilhões, segundo atesta o Laboratório de Estudos sobre Algas Nocivas e Ficotoxinas, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC).
A secretaria informa, em comunicado, que a interdição de todo o litoral catarinense ocorre para preservar a saúde pública, já que existe a possibilidade de a contaminação dos moluscos bivalves estar ocorrendo de forma generalizada.
A toxina diarréica é produzida por algumas espécies de microalgas que vivem na água, chamadas de dynophysis, e quando acumuladas por organismos filtradores, como ostras e mexilhões, podem causar um quadro de intoxicação nos consumidores. A presença de dynophysis é conhecida em Santa Catarina e, por isso, os níveis da toxina são regularmente monitorados pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) no litoral. Os últimos episódios de excesso de DSP no Estado ocorreram em 2007 e 2008.
Conforme a secretaria, novas coletas de ostras e mexilhões serão realizadas para monitoramento das áreas de produção e os resultados dessas análises definirão a liberação ou manutenção da interdição das áreas afetadas. A expectativa é de que as toxinas produzidas pelas algas desapareçam em poucos dias, não gerando prejuízos financeiros para os maricultores porque a produção permanecerá na área de cultivo.
A Secretaria da Agricultura ressalta que as instituições públicas responsáveis pela fiscalização sanitária do comércio, inspeção de produtos de origem animal, pesquisa e extensão e diagnóstico foram comunicadas para que tomem as providências pertinentes às suas áreas de atuação.
Os sintomas causados pela DSP são diarreia, náuseas, vômitos e dores abdominais e se manifestam em poucas horas após a ingestão de moluscos contaminados. A recuperação do paciente se dá entre dois e três dias, independentemente de tratamento médico.
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