As exportações haviam sido embargadas em 2005, por causa do surto de febre aftosa ocorrido em Mato Grosso do Sul e no Paraná. Desde então, São Paulo deixou de ganhar mais de R$ 1 bilhão. Os europeus bloquearam 11 estados brasileiros e só reabriram as portas no mês passado.
? São Paulo está fazendo a lição de casa, o que nos anima muito. Está fazendo o trabalho da parte do governo. Nós, da parte produtiva também temos de fazer nossa parte ? disse o presidente da Câmara Setorial da Carne Bovina de São Paulo, Constantino Ajimasto Júnior.
O secretário estadual da Agricultura, João Sampaio, informou que têm sido feitas auditorias nas propriedades exportadoras paulistas. Até o momento, cerca de 100 das 1,05 mil foram fiscalizadas pelo órgão estadual e dependem agora da aprovação do Ministério da Agricultura.
? Estamos procedendo essas auditorias para que, nos próximos meses, tenhamos propriedades certificadas de São Paulo e seus animais possam ser exportados para a União Européia ? destacou Sampaio.
Quem obtiver a aprovação, poderá vender carne in natura para a União Européia já em setembro. E, na segunda quinzena de outubro, uma missão do Chile deverá visitar o Brasil para inspecionar frigoríficos e sistemas de inspeção sanitária.
O secretário João Sampaio garantiu que São Paulo estará preparado caso seja incluído no roteiro.
? Estamos preparando, inclusive, uma auditoria interna para, se eventualmente, o Chile quiser visitar São Paulo, dentre os Estados que pleiteiam a reabilitação, para mostrar nossos avanços.
O secretário da Agricultura de São Paulo ressaltou, porém, que Chile e União Européia não terão o mesmo peso de antes dos embargos, porque muitos outros mercados estão abertos.