Seappa intensifica ação contra morcegos hematófagos no Rio Grande do Sul

Ao perceber ataques, produtor deve comunicar a Inspetoria Veterinária do município e não deve, de forma alguma, tentar capturar o morcegoDurante o mês passado, técnicos da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio (Seappa) do Rio Grande do Sul intensificaram as ações no combate ao morcego hematófago Desmodus Rotundos, transmissor da raiva em herbívoros. As atividades ocorreram nos municípios gaúchos de Taquari, Tabaí e General Câmara.  Três equipes foram formadas para vistoriar a região, sendo que mais de 12 locais diferentes foram visitados. Em Taquari e Tabaí houve registro de mortalidade de bovinos com sinais de

? Ao perceber os ataques, o produtor deve comunicar a Inspetoria Veterinária do município e, de maneira alguma, deve tentar capturar o morcego devido ao alto risco de contágio com a doença ? explica a médica veterinária da Inspetoria Veterinária e Zootécnica de Taquari, Renata Marques.
  
Sobre o morcego transmissor da raiva
 
O Desmodus Rrotundus tem hábitos noturnos, não gosta de claridade, se alimenta unicamente de sangue e, se contaminado com o vírus a raiva, irá transmiti-lo no momento da espoliação. A espécie pode se deslocar até 20 quilômetros de distância do abrigo para fazer a alimentação. Machos jovens quando expulsos da colônia voam até 100 quilômetros para formarem uma nova colônia.
 
Outras espécies de morcego podem aparecer nas casas habitadas à procura de alimento e acabarem se alojando no forro ou em ocos de árvores e bueiros. Essas espécies são polinívoros/nectarívoros e se alimentam de pólen e néctar. Já outras, ingerem insetos, frutas, pequenos roedores e até peixes. Todas são protegidas pelo Ibama e constituem fator primordial para o equilíbrio ecológico.
 
Para afastar essas espécies inofensivas de residências é indicado colocar lâmpadas nos locais onde os animais se escondem, fazer limpeza geral com creolina (o cheiro forte afugenta os animais) e fechamento das frestas por onde eles entram.