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Seara fecha unidade de aves em Jaraguá do Sul (SC)

Custo do transporte de matéria-prima e escassez de mão de obra motivaram a decisão da empresaA unidade de aves da Seara localizada em Jaraguá do Sul (SC) anunciou nessa sexta, dia 9, o fechamento da fábrica, que tinha 890 funcionários e era abastecida por 199 produtores do norte de Santa Catarina.

A decisão foi motivada por dois fatores principais, segundo a agroindústria catarinense, que é controlada pelo grupo Marfrig.

A primeira é a distância de importantes centros produtores de grãos do país, como Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, e seu impacto nos custos – o milho é a principal matéria-prima para rações.

O diretor de operações da Seara, Marco Antonio Siqueira, afirmou que a empresa também se deparou com escassez de mão-de-obra local nos últimos anos.

– Eles se tornaram verdadeiros desafios para a continuidade da atividade rentável na região – disse Siqueira.

A produção local será transferida para as unidades de Lapa (PR), Ipumirim e Passos (MG).

Nenhum funcionário será realocado. A auxiliar de produção Loena Koch, 45, que trabalhava há 16 anos na unidade, prevê dificuldade ao retornar ao mercado de trabalho.

– Tenho pouco estudo e fica difícil conseguir uma vaga – disse ela.

Ex-agricultora e mãe de duas filhas, Loena ganhava R$ 984 mensais.

A fábrica de Jaraguá tinha capacidade de processar 9 mil aves por hora. Os trabalhadores foram colocados em férias coletivas e, a partir de 11 de janeiro, receberão as rescisões. O acerto foi feito nessa sexta, dia 9, entre os representantes da empresa e do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias da Alimentação de Jaraguá.

As férias e a metade do 13º salário dos funcionários que entraram no período de férias coletivas já foram depositados pela empresa.

Desde que foi inaugurada, em 1970, como Frigorífico Rio da Luz S.A., a unidade fechada em Jaraguá do Sul passou por cinco controladores, cresceu e habilitou-se para atender ao mercado externo.

Para o presidente da Associação Empresarial de Jaraguá do Sul (Acijs), Durval Marcatto, o fechamento da unidade da Seara no Norte do Estado deve provocar maior impacto sobre os produtores de aves do que nos funcionários do abatedouro.

– Apesar de serem quase 900 funcionários, metade deles de Jaraguá do Sul e o restante moradores de outras cidades da região, é provável que esta fatia seja absorvida pelas indústrias locais – afirma Marcatto.

Empresa vai manter 80 avicultores

No caso dos produtores de frango, o presidente da Acijs acredita que o aproveitamento será mais difícil, já que Jaraguá do Sul não tem mais vocação para a agroindústria.

No comunicado oficial encaminhado pela assessoria da Seara, a empresa afirma que dos 199 produtores que forneciam frango para a unidade fechada, cerca de 80 permanecerão no sistema da empresa e vão suprir a demanda do complexo localizado na cidade de Lapa, no Paraná.

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