– Trabalhando o consumidor, a gente espera conseguir aumentar a demanda de carne e trabalhar em paralelo com os produtores. Vamos organizar essa cadeia produtiva, para que eles consigam atender essa demanda que vai surgir – aponta.
O primeiro passo, segundo Souza, é acabar com a ideia de que coelho é apenas animal de estimação. Depois, mostrar que o preço da carne é satisfatório, de, em média, R$ 25,00 o quilo. Conforme o chef de cozinha Ronny Peterson, um quarto de coelho pode alimentar até quatro pessoas.
– Rende. Principalmente a parte da coxa, que tem bastante carne. Então, um coelho inteiro, que pesa, em média, dois quilos, dois quilos e meio, tem duas partes bem grandes. Aí vem o lombo, a paleta. Tem um bom aproveitamento – diz.
De acordo com a nutricionista Iara de Campos, o produto também pode ajudar a evitar doenças cardiovasculares.
– É uma carne magra, com menor teor de colesterol e menor quantidade também de gordura saturada. Ela tem o teor baixo de sódio, que é o material associado à hipertensão arterial. Então, a gente pode dizer que é uma carne boa para o coração – afirma.
O cunicultor Cláudio Duarte relata que cria coelhos há mais de 30 anos. Atualmente, são 70 fêmeas, matrizes, e dois machos, reprodutores. Por falta de espaço, não reproduz os animais. Engorda os que possui e vende para consumo. No entanto, diz que pretende, ainda este ano, aumentar a produção.
– Vamos acomodar 150 matrizes e 15 reprodutores. Pretendo conseguir 800 quilos de carne por mês – conta.