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Sebrae de Santa Catarina ensina produtores de leite a se tornarem mais competitivos

Brasil é um dos países com o maior custo de produção por unidade de leite, o que o deixa pouco competitivo no mercado internacionalO Brasil é o quarto maior produtor de leite do mundo. Para superar essa colocação, o país precisa aumentar a competitividade e reduzir os custos de produção. A meta é aumentar em 70% a produção de leite nacional em 10 anos, chegando a 57,6 bilhões de litros de leite em 2023

Os produtores estão passando por um ótimo período na atividade leiteira, com valores pagos próximos a R$ 1 por litro, o que é suficiente para cobrir com folga o custo de produção de muitas propriedades. Mas, ainda há produtores que estão em dificuldades e, mesmo com altos preços pagos, têm baixa margem de lucro. Para auxiliar os produtores a se tornarem mais competitivos, o Sistema de Inteligência Setorial (SIS), um projeto do Sebrae/SC, desenvolveu um relatório com os principais componentes do custo do litro de leite, trazendo ações que podem ser tomadas para baratear esse alimento e possibilitar maiores ganhos.

O preço alto pago ao produtor é reflexo da baixa produção de leite no campo, devido à entressafra, ocasionando baixa oferta de leite às indústrias, o que aumenta a disputa entre os laticínios que pagam mais pelo litro. Internacionalmente, a produção de leite do maior exportador do mundo, a Nova Zelândia, foi afetada por uma forte seca, o que ocasionou uma intensa redução da oferta de leite no mercado internacional, puxando os preços para cima.

– O Brasil é um dos países com o maior custo de produção por unidade de leite, o que significa que somos pouco competitivos no mercado internacional de lácteos. Mas existem ações que os empresários podem realizar para baixar os custos e medidas que o país pode adotar para ser um exportador – destaca Marcondes da Silva Cândido, gerente da unidade de Gestão Estratégica do Sebrae/SC.

O primeiro passo é fazer uma análise dos custos da empresa, identificando os pontos fortes e as deficiências dos resultados técnicos e econômicos, para, então, agir e solucionar os problemas da atividade leiteira. Para que se obtenha um resultado real da atividade, é preciso analisar a área total de terra, a área utilizada para a produção, máquinas, equipamentos, construções, mão de obra, preço do leite e dos insumos, número de vacas, índices técnicos e econômicos e, principalmente, a disponibilidade de forragens.

Os custos são divididos em fixos (gastos com estrutura, impostos, seguro, manutenção e mão de obra) e variáveis (aqueles que aumentam ou diminuem conforme a variação do rebanho e da produção de leite). Quando a receita da venda do produto cobre todos os custos, a empresa leiteira é estável, está crescendo e pode investir com segurança. Se a receita cobre apenas os custos variáveis, a empresa tende a sustentar-se apenas em médio prazo e, muitas vezes, inicia a descapitalização da propriedade.

Para baixar os custos de produção, é fundamental depender pouco de insumos externos à empresa rural.

– Só haverá lucro se a diferença entre o preço de venda e os custos totais, que são a soma dos custos fixos mais os variáveis, for positiva – explica Marcondes da Silva Cândido.
 

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