Segundo o pecuarista Nelson Marcon, em quatro anos foi possível retornar o investimento, pois hoje consegue uma lotação de 8,5 Unidade Animal por hectare, oito vezes maior q eu a média. O índice de prenhez das fêmeas também é alto, cerca de 60%, principalmente por causa do estado corporal das vacas.
Há quatro anos, a fazenda também vem apostando no cruzamento industrial de nelore com angus. O rebanho é engordado no confinamento, com fabricação própria de ração. Além da bonificação do frigorífico, que paga até 12% a mais sobre o valor de mercado, o objetivo de usar o gado cruzado é ganhar tempo na hora do abate. Esses animais chegam a terminar oito meses antes, com o mesmo rendimento: 21 arrobas os machos e 16 arrobas as fêmeas, além de um rendimento de carcaça de 57%.
– Eu aproveito pra usar touros europeus com a rusticidade das vacas nelore, conseguindo ganhar de oito a 10 meses antes no abate, na mesma condição – afirma Marcon.
A mais recente iniciativa na fazenda foi a implantação de um projeto de integração lavoura-pecuária-floresta, que vem substituindo o pasto de capim marandú (brachiaria marandu), morto há três anos. O plantio de eucalipto junto com pasto de mombaça começou com uma área de 22 hectares, já ampliado para 120 hectares.
– O eucalipto mantém a umidade do solo, gera sombra para os animais reduzindo o estresse e aumentando a produtividade. Cinco anos depois é possível ter duas culturas: pecuária e reflorestamento – comenta o consultor em florestas Anderson Vargas.
O segundo Dia de Campo da expedição reuniu cerca de duzentas pessoas na sede da fazenda Marcon. Foi um dia para ver de perto boas práticas que representam a pecuária moderna e eficiente.
>> Conheça o especial Rota da Pecuária