Pesquisadores da Universidade Norte do Paraná, junto com a Universidade Federal do Pará, trabalham a partir da queixa de criadores de que o volume de produção tem variado bastante. O estudo acontece em Tamarana, no norte do Paraná, e poderá definir padrões genéticos da raça para cada região do país. Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, o rebanho tem 9 milhões de fêmeas, e responde por 80% do leite produzido no Brasil.
Pode levar 20 anos até que o mercado tenha embriões de girolando com características termotolerantes adaptadas a todas as regiões do Brasil, mas os pesquisadores acreditam que todo esse trabalho vai garantir ao país alta produção de leite e com qualidade.
? O que a gente tem percebido é que o girolando é termotolerante, mas tem alguns limites, e é por isso a necessidade da gente tentar estabelecer melhor e definir melhor qual esse grau de termotolerância e para qual parte do Brasil estaria mais adequado ? explica o pesquisador Flávio Barca, pesquisador da Unopar.
O novo programa também poderá se beneficiar de resultados do processo de melhoramento que já existe. A média de produção é de 16 quilos por dia.
? Nesse trabalho do laboratório da universidade a gente pega um embrião, leva pra lá e ele vai fazer um estudo em cima dos marcadores moleculares desse embrião. A partir da expressão gênica dele vamos saber se é um animal para a produção de leite ou para gordura ? revela o veterinário Unopar Ériko da Silva Santos.
O melhoramento começa no laboratório com testes de acasalamento e avaliação da produção de embrião viável. Depois do nascimento, são feitos novos testes.
? Esse rebanho, correspondendo à produção do pai e da mãe, ele volta aqui para uma nova seleção, para maximizar esse resultado com outro acasalamento até ampliar a produção de interesse ? afirma a bióloga Letícia Margins Fagundes.