Agronegócio

Sem resposta da China, preços do boi voltam a cair

O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos nesta quarta-feira na maioria das regiões de produção e comercialização

O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos nesta quarta-feira na maioria das regiões de produção e comercialização. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, os frigoríficos conseguiram preços melhores para as boiadas, com um cenário bastante complicado em relação ao embargo voluntário do Brasil em relação à exportação para a China, sem qualquer perspectiva de retomada dos embarques.

Com a China celebrando a partir da sexta-feira, primeiro de outubro, a chamada “Golden Week”, festividade nacional que se prolonga por até oito dias, provavelmente uma resposta do gigante asiático a toda a vasta documentação elaborada pelas autoridades brasileiras esclarecendo os casos de vaca louca no rebanho do Brasil não será dada ainda no início do próximo mês.

“Com este imbróglio se prolongando, a situação do pecuarista brasileiro
se agrava, pois a oferta disponível neste momento é basicamente de animais de confinamento, e os custos de nutrição animal dispararam neste ano”, assinalou Iglesias.

Com isso, em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 298 na modalidade à prazo, ante R$ 302 a R$ 303 ontem. Em Goiânia (GO), a arroba caiu de R$ 287 para R$ 285. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 298, contra R$ 301 a R$ 302 na terça-feira. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 283, estável. Em Uberaba (MG), preços a R$ 299 a arroba, contra R$ 300 a arroba ontem.

Atacado
Já no mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram estáveis. A tendência é de alta para a primeira quinzena de outubro com a sazonal melhora na demanda doméstica por conta do recebimento da massa salarial.

“No entanto, a possibilidade dos frigoríficos terem que comercializar no
mercado doméstico os estoques de carne bovina hoje armazenados nas câmaras frias e nos portos que aguardam para serem exportados é cada vez mais real a cada dia em que permanece o embargo voluntário” alertou Iglesias.

O quarto traseiro ainda é precificado a R$ 21,25 por quilo. Já a ponta de agulha foi precificada a R$ 16,10 por quilo. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 16,20, por quilo.