De acordo com o presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Rui Vargas, o clima prejudicou o setor e houve uma queda na oferta do produto no mercado interno.
– Além de problemas com logística, infraestrutura, transporte, custo de energia, custo de mão de obra, o clima também causou problemas para o setor. A temperatura elevada, em algumas situações, gerou alguns problemas entéricos que como consequência teve uma forte diarréia nos animais. O problema provocou a morte de muitos deles, o que ocasionou a chegada de um número menor de animais e obviamente perdemos em termos de produtividade – salienta.
De acordo com Vargas, no segundo semestre a suinocultura reagiu e o balanço do ano foi considerado positivo. Ele destaca o aumento dos preços e a recuperação das exportações.
No Rio Grande do Sul as margens de lucro foram mais enxutas. O preço do milho até se estabilizou, mas o farelo de soja subiu muito e impactou os custos de produção. O Estado abateu 7,2 milhões de cabeças ao ano. De acordo com o presidente da Associação dos Criadores de Suínos do Estado, Valdecir Folador, a baixa rentabilidade do suinocultor gaúcho em relação à dos outros Estados, tem origem nos custos de logística, como o frete.
Para 2014, a Abipecs aposta num crescimento de 15% na produção, o que representa quase 600 mil toneladas destinadas à exportação.
Avicultura
A avicultura brasileira veio de um ano muito ruim. Em 2012, as commodities como o milho e a soja subiram muito. Mas com estoques menores foi possível equilibrar o mercado avícola em 2013. A baixa oferta gerou uma redução no volume exportado, mas houve aumenta em receita. De acordo com o presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, o vilão também foi o farelo de soja, responsável pelo aumento nos custo de produção. Segundo ele, foram esses custos que tornaram o Brasil menos competitivo no cenário internacional. O país perdeu força diante de seus principais concorrentes, Estados Unidos e a Tailândia.
A produção brasileira de aves atingiu 12,300 milhões toneladas. Desse volume, sem contabilizar o mês de dezembro, 3,950 milhões toneladas, foram destinadas para exportação. Cerca de 16% só para Arábia Saudita, o maior mercado comprador. Em receita, o setor avícola brasileiro cresceu 6%. Para o ano que vem, a Ubabef projeta uma produção de13 milhões de toneladas. O volume de exportação esperado é de quatro milhões de toneladas.
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