Em nota, a Polícia Civil de Morrinhos informou que investigava a quadrilha desde novembro do ano passado, após denúncias do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado de Goiás (Sindileite) sobre roubo do produto no sul do Estado. Em umas das rotas monitoradas, a polícia encontrou três caminhões que transportaram, na última semana, 700 mil litros de leite adulterado.
Segundo as investigações, a carga era roubada e levada para uma fazenda na região do trevo de Buriti Alegre, onde o produto era adulterado com substâncias que aumentavam a quantidade do leite. Eram adicionados sal, açúcar e água.
– Possivelmente, revendia-se esse leite desviado de grandes laticínios, após adulterar o produto, para laticínios piratas na região, onde eram produzidos queijos e derivados sem qualquer procedência – disse o delegado da Polícia Civil de Morrinhos, Rilmo Braga, em comunicado.
Foram apreendidas centenas de litros da mistura usada na adulteração do leite, que era revendido aos laticínios piratas. Cálculos preliminares apontam que a quadrilha furtava aproximadamente R$ 60 mil por mês dos cooperados de Morrinhos. De acordo com o comunicado, as investigações continuam e mais suspeitos podem ser presos ainda nesta segunda.
No Rio Grande do Sul, uma operação do Ministério Público do Estado desarticulou, no início de maio, um grupo que adulterava leite com água e ureia para aumentar o volume. O esquema ocorria durante o transporte do produto, antes de o leite chegar à indústria.