A busca de agricultores e pecuaristas pela sustentabilidade é um caminho sem volta, muitas vezes trilhado a partir de iniciativas simples que fazem a diferença no campo. Alvo de críticas baseadas principalmente no avanço das plantações e das pastagens sobre áreas de florestas, a classe produtora terá que encontrar maneiras eficientes de continuar produzindo alimentos sem causar passivos ambientais.
Nesta corrida contra o tempo, algumas iniciativas mostram que o percurso muitas vezes pode ser mais simples do que o imaginado. O produtor Carlos Straliotto plantou 2,4 mil hectares de soja em Sidrolândia (MS). Há pelo menos duas décadas, começou a introduzir o plantio direto na fazenda, reduzindo a utilização de maquinário e, consequentemente, a emissão de gás carbônico.
Isso sem contar o aumento de produtividade, conseqüência da maior fertilidade do solo. O agricultor está fazendo a parte dele para proteger o meio ambiente.
Assim como na agricultura, na pecuária algumas medidas consideradas simples também podem trazer grandes benefícios não apenas ambientais, mas também econômicos. Um exemplo é a integração entre pasto e a produção de grãos.
A integração lavoura-pecuária começou a ser adotada há três anos na mesma propriedade. Quem toma conta do rebanho é Roberto, irmão de Carlos. No início, o sistema foi implantado em 200 hectares. Atualmente, são 600 hectares destinados ao plantio de pasto e grãos durante a safra de inverno. Com o melhor aproveitamento da área, acredita estar no caminho certo da sustentabilidade.
Outra maneira de ampliar a produtividade sem precisar avançar sobre novas áreas é através do pastoreio racional, também conhecido como voisin. Com manejo focado no melhor aproveitamento das pastagens, a técnica pode contribuir para o aumento do nível gerencial dos pecuaristas. De acordo com este especialista, uma condição essencial para que a pecuária cresça sem gerar danos ambientais.