O Brasil é o sexto produtor mundial de leite. A produção esta nas mãos da pequena propriedade. A média por produtor no país é de 70 litros por dia, em Minas Gerais chega a 200 litros por dia. O leite brasileiro ganhou mercado internacional de 2003 até 2008, mas no ano passado o saldo voltou a ficar negativo.
Nos últimos três anos os produtores passaram por duas situações bem distintas. Primeiro o aumento do preço do leite em pó no mercado internacional ? o crescimento do consumo esvaziou os estoques de lácteos. Logo em seguida, a queda dos preços, junto com a crise financeira em 2008.
O encontro coloca em discussão essas oscilações e põe na mesa o planejamento do futuro. As lideranças políticas e das entidades representativas do agronegócio querem traçar o perfil da pecuária de leite no Brasil, com preocupação sobre como é formado o preço ao produtor. Para evitar a concentração nas mãos de grandes indústrias, as cooperativas estão reagindo e anunciam fusões entre centrais de laticínios.
Mais de 200 estrangeiros de 25 países participam do evento. O agrônomo da Argentina Miguel Taverna trabalha na região de Santa Fé que responde por 35% da produção no país vizinho. Os argentinos estão mudando a produção para a região norte fugindo do clima temperado e buscando o subtropical mais quente.
? Existe uma competição com a produção agrícola, as terras ficaram mais caras e, por isso, vamos nos aproximar da realidade dos países tropicais e investir também na genética adaptada para aumentar a produção na Argentina ? explica ele.
O Congresso foca em quatro áreas temáticas de debates ao mesmo tempo, para que produtores técnicos e acadêmicos possam escolher entre a produção primaria, a industrialização de produtos lácteos, economia e mercado e consumo.