? O setor enfrenta a falta de crédito, a quebra de frigoríficos, verifica o benefício da retirada do PIS e Cofins somente para os frigoríficos e não para os produtores, observa a criação do Funrural para os setores de embriões e sementes, enfim, passa por um período muito complicado ? ressalta.
Ele cita o exemplo do setor de couro, um dos únicos que necessitam pagar impostos na exportação, o que acaba criando uma reserva de mercado para poucas indústrias do país e faz com que o preço pago diminua consideravelmente.
? Há algum tempo, o valor do quilo de couro oscilava entre R$ 2,20 e R$ 2,30, mas hoje não passa de R$ 0,15 em Goiás. Isso acaba interferindo no valor pago pela arroba do boi ? afirma.
Nogueira acrescenta que o setor vive outros problemas, como a situação do boi pirata e as questões de bem-estar animal, relacionadas a barreiras sanitárias e tarifárias.
? Por outro lado superamos o problema da febre aftosa, embora muitos desafios ainda estejam por vir, como as discussões em torno do meio ambiente ? finaliza.
Para o representante da Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa),Maurício Faria, a conquista de novos mercados para a carne bovina depende da segurança alimentar e da defesa sanitária.
? Percebemos a importância do setor de pecuária, já que o Estado responde por um terço dos confinamentos do Brasil. Estamos trabalhando a cada dia para fazer com que o setor coloque um alimento cada vez mais saudável na mesa do consumidor ? conclui.