Setor privado da Venezuela pede suspensão da compra de carne bovina do Brasil, diz ABEG

Importadores do país vizinho solicitaram medida ao governo até que sejam esclarecidas informações sobre doença da vaca loucaO presidente da Associação Brasileira de Exportadores de Gado (ABEG), Daniel Freire, está a caminho de Caracas, na Venezuela, aonde vai se reunir com importadores de carne bovina e gado vivo do Brasil. Nesta quarta, dia 12, o setor privado pediu ao governo da Venezuela que suspenda as importações até que sejam esclarecidas as informações sobre o caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como "mal da vaca louca" em um animal que morreu em dezembro de 2010 no Paraná.

Segundo o diretor da Agroexport, Alexandre de Castro Cunha Carvalho, o Brasil tem hoje 15 mil cabeças de gado dentro de navios que chegarão nos próximos dias à Venezuela e existe dúvida se o país aceitará ou não.

A Venezuela é o quinto maior mercado das exportações brasileiras de carne bovina, mas segue como o principal comprador de gado vivo do Brasil, com 70,3% de todos os animais comercializados, seguida pelo Líbano com participação de 13,5%.

No acumulado do ano até novembro, foram exportados 447,5 mil bovinos vivos para o país vizinho. O Pará é o maior exportador do país com 399,7 mil animais embarcados, ou 89,3% do total comercializado. A receita gerada com as exportações de gado vivo este ano, até novembro, chega a US$ 495,2 milhões.